No fechamento do pregão regular de ontem, os principais índices acionários dos EUA encerraram em queda. Os mercados asiáticos seguiram a mesma tendência nesta quinta-feira, pressionados por uma série de reuniões de bancos centrais que apenas reforçaram as incertezas em torno da economia global.

Fica cada vez mais evidente que os investidores enfrentam um cenário nebuloso, com as preocupações sobre a política tarifária de Donald Trump e a pressão sobre os lucros corporativos pesando no sentimento do mercado.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que tanto as tarifas mútuas amplas quanto tarifas adicionais específicas por setor entrarão em vigor em 2 de abril, representando um sério risco para a economia global. No entanto, já vimos repetidamente como as políticas de Trump podem gerar ondas de incerteza que logo se dissipam, à medida que os mercados aguardam as respostas de outros países.

Em relação a ações individuais, a FedEx Corp., frequentemente vista como um termômetro da economia dos EUA, recuou após a empresa cortar sua previsão de lucro devido ao aumento dos custos e sinais de enfraquecimento da demanda. A Nike Inc. também citou tarifas e tensões geopolíticas como fatores que podem impactar seus lucros. Agora, os investidores voltam suas atenções para os próximos balanços de grandes empresas chinesas, incluindo Xiaomi Corp., Tencent Holdings Ltd. e o gigante do e-commerce Meituan.

Quanto aos sinais dos bancos centrais, nesta semana, autoridades do Federal Reserve, do Banco do Japão e do Banco da Inglaterra afirmaram que as tarifas estão tornando mais difícil prever os resultados econômicos e complicando as orientações futuras de política monetária. Enquanto isso, a União Europeia adiou as tarifas retaliatórias sobre o uísque americano, afirmando estar aberta ao diálogo com Trump antes de tomar novas medidas.

Os preços do petróleo subiram após os EUA imporem sanções a uma refinaria chinesa — uma ação vista como uma escalada significativa nos esforços para restringir as exportações de petróleo iraniano. Já o ouro recuou após se aproximar de uma máxima histórica.

Perspectiva técnica para o S&P 500

A queda continua. A principal tarefa dos compradores hoje é romper a resistência mais próxima, em US$ 5.670. Isso ajudaria a retomar a tendência de alta e abriria o caminho para US$ 5.692. Um objetivo igualmente importante para os touros é conquistar o controle sobre US$ 5.726, o que fortaleceria ainda mais as posições dos compradores.

Em caso de movimento descendente, devido à diminuição do apetite por risco, os compradores devem defender o nível de US$ 5.645. Um rompimento abaixo desse suporte empurraria rapidamente o índice de volta para US$ 5.617 e poderia abrir caminho para US$ 5.585.