A América voltará a ser o grande foco das notícias. Mas isto não se deve, em primeiro lugar, a atualizações econômicas ou à reunião do Federal Reserve, mas sim às decisões de Donald Trump, suas políticas e, especialmente, sua estratégia tarifária. Vale destacar que Trump enfrenta forte oposição. Nenhum país está aceitando suas tarifas de bom grado, e quase todas as nações afetadas estão implementando tarifas retaliatórias, o que provavelmente reduzirá o volume das exportações americanas.

Os mercados já estão se preparando para uma desaceleração das economias europeia, americana e global, mas a frustração está sendo direcionada principalmente ao dólar. Se essa tendência continuar, nenhuma análise técnica impedirá uma nova queda da moeda americana. A União Europeia é a próxima a retaliar. As tarifas sobre aço e alumínio já entraram em vigor, o que levou Bruxelas a responder com tarifas sobre US$ 26 bilhões em produtos americanos. Trump classificou essas tarifas como ilegais e prometeu impor novas tarifas adicionais. A guerra comercial parece estar apenas começando.

Entre os eventos econômicos programados, os principais destaques são os relatórios sobre o comércio varejista, a produção industrial e a reunião do Fed. Destaco esses eventos porque relatórios de menor relevância dificilmente afetarão o sentimento do mercado. No fim das contas, a reunião do Fed e as notícias sobre Trump terão o maior impacto. No momento, ambos os fatores têm o potencial de romper completamente a tendência atual do mercado ou mantê-la inalterada. Portanto, uma reversão de baixa se faz necessária, e somente dados econômicos fortes e impactantes podem provocar essa mudança ou alterar o padrão de tendência atual.

Com base na análise acima, espero algumas notícias, eventos e surpresas interessantes no mercado. Vários desenvolvimentos ocorreram nas últimas duas semanas. O mercado tende a ignorar certos eventos enquanto reage fortemente a outros, o que é inesperado, considerando que os movimentos atuais estão relativamente calmos e fáceis de prever.

Padrão de onda do EUR/USD:

Ao analisar o EUR/USD, concluo que o instrumento continua a desenvolver a fase descendente da tendência; no entanto, uma reversão para cima pode ocorrer em breve. A segunda onda esperada pode estar próxima de ser concluída, mas um novo aumento nas cotações pode alterar toda a estrutura da onda. Como a formação atual das ondas ainda não está clara, não posso recomendar a venda do instrumento, embora os níveis atuais pareçam atraentes para vendas — caso a estrutura da onda permaneça inalterada.

Além disso, Donald Trump pode influenciar uma nova queda na demanda pelo dólar americano, o que pode dificultar a formação da terceira onda.

Padrão de onda do GBP/USD:

O padrão de onda para o par de moedas GBP/USD indica que a tendência de queda ainda está se formando, especificamente a sua segunda onda. Agora, devemos procurar novas oportunidades de venda. Os alvos mínimos da estrutura corretiva próximos ao nível 1,2600 foram alcançados, enquanto os alvos máximos próximos ao nível 1,2800 também foram ultrapassados. A estrutura atual da onda sugere que a tendência de queda, que começou no outono passado, ainda está em andamento. No entanto, o impacto do "fator Trump" no sentimento do mercado continua incerto. O nível de 1,2922 parece ser a "última chance" para o dólar e está atualmente sob pressão dos compradores.

Princípios fundamentais da minha análise:

1. As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas podem ser difíceis de interpretar e podem levar a mudanças inesperadas.

2. Se você não tiver certeza sobre as condições do mercado, é aconselhável não entrar no mercado.

3. Não existe 100% de certeza com relação à direção do mercado. Lembre-se sempre de usar ordens de proteção Stop Loss.

4. A análise de ondas pode ser combinada de forma eficaz com outros tipos de análise e estratégias de negociação.