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17.04.2025 04:06 PM
Quando tudo deu errado: Nvidia sob pressão, ações caem, Powell espera por clareza

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Mercados em Alerta: Nvidia despenca e Fed acende sinal amarelo

A quarta-feira foi marcada por forte turbulência nos mercados americanos. O estopim? Um novo capítulo da guerra tecnológica entre Estados Unidos e China — e um alerta cauteloso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Nvidia sob pressão: sanções podem custar bilhões

As ações da Nvidia, gigante dos chips e líder em inteligência artificial, desabaram após a empresa alertar que pode perder até US$ 5,5 bilhões devido a novas restrições impostas por Washington. A medida impede a exportação do chip H20 — uma peça-chave para o mercado de IA — para a China, um de seus maiores clientes. O impacto atinge diretamente uma das áreas mais lucrativas da companhia.

Guerra comercial escala mais um degrau

A decisão dos EUA de endurecer as regras segue a escalada do conflito econômico com a China. Pequim respondeu com um aumento de tarifas sobre produtos americanos, agora em 125%, em reação direta à medida de Trump, que já havia elevado os impostos de importação para 145% sobre bens chineses. O embate ganha contornos ainda mais agressivos.

Powell freia o otimismo: inflação persiste, crescimento desacelera

Em discurso no Economic Club de Chicago, Jerome Powell adotou tom de cautela. Segundo ele, os atuais desafios econômicos — incluindo os efeitos da política tarifária — ainda alimentam a inflação. Apesar disso, ele indicou que o Fed não pretende mexer nos juros tão cedo, preferindo aguardar novos dados econômicos antes de qualquer movimento.

Pânico em Wall Street: vendas aceleram

O alerta do Fed somou-se ao impacto da Nvidia, provocando uma verdadeira onda de vendas. Investidores correram para se desfazer de ações, principalmente de empresas de tecnologia e fabricantes de chips, derrubando os principais índices.

Três gigantes, uma queda histórica

Wall Street viveu uma de suas piores sessões do ano:

  • Dow Jones recuou 699 pontos (-1,73%), encerrando o dia em 39.669,39;
  • S&P 500 caiu 2,24%, para 5.275,70;
  • Nasdaq, o mais afetado, despencou 3,07%, fechando em 16.307,16 — após ter atingido uma mínima intradiária de 16.066,46.

Medo se instala: índice de volatilidade dispara

O chamado "índice do medo", o Cboe VIX, saltou para 32,64, indicando forte nervosismo entre os investidores e expectativas de mais turbulência à frente.

Nvidia e AMD no olho do furacão

O setor de tecnologia foi o mais penalizado. A Nvidia viu suas ações caírem 6,9%, enquanto a rival AMD tombou 7,3%. O índice SOX, que reúne fabricantes de semicondutores, recuou 4,1% — uma das maiores quedas dos últimos meses.

Alerta global: ASML aponta riscos sérios

Na Europa, a gigante holandesa ASML, líder em equipamentos para a indústria de chips, também se pronunciou. Em comunicado, a empresa alertou que tarifas e restrições estão lançando dúvidas sobre a demanda futura e a estabilidade da cadeia de suprimentos.

Europa cautelosa, mas ainda de pé

Mesmo com o impacto global, os mercados europeus mostraram mais resiliência. O índice STOXX 600, que reúne as principais empresas da região, caiu apenas 0,4% no início do pregão de quinta-feira. Ainda assim, o índice acumula alta de quase 4% na semana, sustentado pela ausência de novos choques comerciais e pela expectativa sobre a próxima decisão do Banco Central Europeu.

Feriado prolongado congela decisões

Com o feriado da Sexta-feira Santa e da Páscoa se aproximando, investidores optaram por adotar uma postura defensiva, adiando decisões e reduzindo exposição. A combinação de instabilidade econômica com um fim de semana prolongado elevou a cautela.

Luxo perde o brilho: Hermes e LVMH decepcionam

Nem o setor de luxo escapou da ressaca nos mercados. A Hermès viu suas ações despencarem 4%, após divulgar vendas trimestrais abaixo do esperado — um movimento raro para a fabricante das icônicas bolsas Birkin.

A francesa seguiu os passos da LVMH, que também desapontou com resultados fracos no início da semana. Em meio à incerteza global e à demanda instável, até o luxo está começando a perder o brilho.

Surpresa energética da Siemens anima os mercados

Ao contrário do setor de luxo, a Siemens Energy surpreendeu positivamente os investidores, com suas ações disparando 10%.

A holding alemã de energia divulgou previsões mais otimistas para o ano fiscal atual e reportou a melhor rentabilidade desde que se separou da Siemens AG. A notícia deu um impulso ao mercado alemão, com o índice DAX superando seus pares europeus, puxado pelo rali no setor de energia.

Ásia dividida, mas com viés positivo

Na Ásia, os mercados seguiram rumos distintos, mas o sentimento geral foi de otimismo moderado.

O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,7%, enquanto o iene perdeu força diante das negociações comerciais com os EUA. Um fator inesperado foi a intervenção direta de Donald Trump, que afirmou haver "avanços significativos" em uma reunião com o representante japonês Resei Akazawa.

Mosaico asiático diante do colapso americano

Apesar das turbulências vindas dos Estados Unidos, os mercados asiáticos seguem resilientes.

Na Coreia do Sul, o índice KOSPI também avançou 0,7%, mas Taiwan destoou: o TWII recuou 0,5%, sinalizando que os investidores ainda estão em busca de clareza — divididos entre fatores geopolíticos e dados econômicos locais.

Europa em compasso de espera

Os futuros apontavam para uma abertura cautelosa nos mercados europeus nesta quinta-feira, com sinalizações neutras ou levemente positivas.

Os investidores analisam com atenção os resultados corporativos, os próximos movimentos do BCE, e os impactos da política comercial agressiva dos EUA. O clima segue tenso, mesmo sem grandes choques imediatos no radar.

Foco total na gigante taiwanesa: expectativa pelo balanço da TSMC

Todos os olhares se voltam para a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), um dos maiores nomes da indústria global de semicondutores. A expectativa é que o seu relatório de lucros traga pistas importantes sobre a saúde do setor de chips, em meio às novas sanções e tensões geopolíticas. A dúvida é: o setor ainda tem espaço para crescer nos próximos trimestres?

China cautelosa, Hong Kong em alta

Enquanto os mercados da China continental mantiveram-se estáveis (com o índice CSI300 praticamente no zero a zero), Hong Kong brilhou: o Hang Seng avançou 1,6%.

O impulso veio principalmente de empresas de tecnologia, que se recuperaram após fortes quedas recentes. A expectativa de uma retomada no setor de alta tecnologia reacendeu o apetite dos investidores.

Renda fixa estável, mas rendimentos sobem

O mercado de títulos do governo dos EUA permaneceu calmo ao longo da semana. O rendimento dos Treasuries de 10 anos subiu 3 pontos-base, atingindo 4,311% — um leve movimento, que mostra uma postura ainda defensiva por parte dos investidores.

Moedas oscilam: euro perde força, dólar se fortalece, iene recua

  • O euro caiu 0,3%, chegando a US$ 1,1367, embora continue próximo da máxima de três anos registrada na semana passada. O mercado já antecipa um corte de juros por parte do BCE.
  • O índice do dólar, que mede a força da moeda americana frente a seis principais divisas, subiu ligeiramente para 99,562.
  • O iene japonês teve um dia volátil: chegou a tocar sua máxima em sete meses, mas recuou 0,55%, voltando para 142,64 por dólar após o ministro da economia do Japão afirmar que questões cambiais não foram discutidas nas conversas com os EUA.

Ouro reluz como refúgio: novo recorde histórico

O ouro voltou a brilhar como "porto seguro". O metal precioso atingiu o recorde de US$ 3.357,40 por onça, antes de recuar levemente para US$ 3.341,91 — ainda em patamar extremamente elevado.

A busca por ativos seguros cresce em meio às tensões geopolíticas e à incerteza sobre os juros globais. O ouro, mais uma vez, assume o papel de proteção em tempos de instabilidade.

Petróleo sobe com receio de escassez

Os preços do petróleo seguem em alta, impulsionados por temores de queda na oferta global.

  • O Brent subiu 0,93%, fechando a US$ 66,46 por barril.
  • O WTI americano avançou mais de 1%, atingindo US$ 63,20.

As tensões geopolíticas e a perspectiva de interrupções no fornecimento estão levando o mercado a precificar uma possível pressão adicional sobre a demanda energética no curto prazo.

Thomas Frank,
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